Entrando na Colina das Fadas – Canção dos Fae

Olá, cisnes! Como vocês estão nesse dia cheio de novidade? Bom, no momento em que escrevo isso me sinto bem e feliz, agora no dia em que esse post sair eu já não sei, hahaha. Trago a vocês essa nova coluna do blog que há muito tempo desejo trazer: Canção dos Fae. Nessas postagens vamos tratar de assuntos variados ligados às fadas. Trabalhos, folclore popular, cultura e afins.

Imagem de Autoria Desconhecida.

Aqui hoje vamos a uma introdução de fadas sob o ponto de vista do qual eu trabalho, isso é claro é o resultado de diversas observações, estudos e até contato com visões de outros grupos e sistemas de crença, todos serão pontuados adequadamente. É também algo muito importante para mim dizer que a postagem de hoje é feita em dedicação a Kleber Pinheiro, que é alguém muito especial a mim e que acompanha o Nas Asas do Cisne basicamente desde seu início. Obrigada por toda ajuda que deu e apoio em tempos sombrios, sua presença manteve a chama da arte em mim que quase se apagou.

Agora sem mais delongas vamos falar sobre as pestinhas mais amadas, temidas e muitas vezes subestimadas desde meio mágico?

O QUE SÃO FADAS?

FADAS. Uma palavra tão pequenas que abarca uma quantidade tão absurda de seres. Criaturas presentes no universo há muito mais tempo do que os seres humanos. Diversas são as suas origens desde povos antigos em terras irlandesas até mesmo crias de anjos e demônios destinadas a sempre estarem exclusas do céu e do inferno. Sejam lá de onde elas vieram (e vamos abordar suas diversas origens em outras postagens), nós temos consciência de que as fadas vivem e interagem com o que existe no universo.

Fadas, dentro do que aprendi com elas, sempre foram seres muito peculiares que possuem uma imensa variedade de seres, ou seja, elas não são como nós humanos ou como os dragões que somos apenas um povo. Fadas são povos variados com diversas formas de se organizarem e viverem. Goblings, hobgoblings, pixies, brownies, cookies, sacis, curupira, iaras, bois-tatá, duendes, leprechauns, banshees, kappa, kitsune, hulijings, todos esses seres são exemplos de povos feéricos. Se pensarmos em classificação biológica, Pixies estariam para Fadas assim como Humanos estão para Mamíferos, por exemplo.

Fada Madrinha, “Shrek 2” (2004)

Quando entramos em contato com esses seres também sentimos uma energia muito característica e sempre difícil de  descrever, pois parece que ela tá sempre mudando ou escondendo algo. E depois de muito tempo lutando para desvendar isso, um amigo me falou algo que sempre esteve bem na minha cara e não notei: Fadas são a energia Glamour manifesta. Isto é, fadas são seres que nascem em essência do que podemos chamar de Força Glamour (quem catou a ref de X-Men é sobre isso mesmo).

Se a gente parar um pouco e pensar isso faz muito sentido. Fadas são um dos seres que mais se tem registro de que se valem de magias ligadas a percepção, ocultação, etc… todas essas magias tem ligação com magia de glamour. Afinal, glamour não se trata só de magias de beleza como muitos imaginam.

O MUNDO DAS FADAS

Para ser mais precisa, não existe só um mundo das fadas, mas sim vários Mundos Feéricos. Esses mundos são todos interconectados pelo que pode ser entendido pela nossa mente como “estradas”. Essas estradas, pelo que já notei, são as Ley Lines (correntes de fluxo energético, respondendo a grosso modo).

De uma forma clássica, muitos dividem o mundo feérico em dois tipos, duas grandes cortes: Seelie e Unseelie, isto é respectivamente: Verão e Inverno. Contudo, ao longo do meu contato e alguns estudos sobre feéricos, aprendi que existem muitas cortes além das que citei no começo. Seelie e Unseelie são como grandes impérios aos quais várias outras cortes menores podem estar atreladas em maior ou menor grau. Depois entenderemos mais sobre as cortes em um post à parte, mas podemos entender que fadas – assim como nós – possuem seus tabus, culturas, leis e afins…

“Floresta Encantada”, Autor e Ano Desconhecidos

Com isso também entendemos que fadas são povos monárquicos em sua grande maioria e quando não são elas ainda possuem algum tipo de hierarquia vigente no grupo. Por exemplo, fadas selvagens geralmente andam em bandos e nesse bando existe um líder. Os mundos feéricos podem ter mais de um reino e esses reinos tem seus nobres que respondem às Grandes Rainhas Fadas. Divindades feéricas num geral possuem seu próprio mundo feérico e nesse mundo também há reinos e afins. Poder parecer complexo, eu sei… mas é bem tranquilo.

É importante também dizer que existem locais nos planos feéricos que são chamados pelos fae de Terras Neutras, esse lugares são um espaço de harmonia entre todas as fadas. Nele não se prejudicar ninguém de nenhuma forma, não se pode atrair ninguém ali para morrer (nem mesmo humanos), são locais para união e celebração. Não pode haver desavenças e nem derramamento de sangue. Geralmente esses locais possuem um grande carvalho numa colina e possuem um lago também, mas pode ter Terras Neutras com outras árvores sagradas – para as fadas -, principalmente as Três Anciãs Verdes (Freixo, Pilriteiro e Carvalho).

REALEZA FEÉRICA

Esse tópico é algo que cedo ou tarde as pessoas esbarram e geralmente é cedo. Seja lendo a descrição de uma deusa celta como Áine ou lendo em algum livro, o conceito de Realeza Feérica é algo que surge e é pouco entendido. Nem toda divindade feérica é uma Realeza Feérica. Isso é importante? Bom, depende, mas isso não quer dizer que uma divindade que não carregue essa característica seja menos importante ou menos poderosa.

Fragmento da capa do livro “O Príncipe Cruel”, de Holly Black (Galera Record, 2018)

Existem reis e rainhas nos mundos das fadas, talvez até nossa forma de organização hierárquica possa ser inspirada nesses povos. De modo geral as fadas são matrilineares e matrifocais, isto quer dizer que o foco são nas fêmeas da espécie, contudo também existem reinos que são focados, sim, nos machos. Quando olhamos para essas configurações entendemos também o modo como as fadas operam em cada reino. Se é um rei que sustenta seu povo, as fadas estarão muito atreladas a ele, o mesmo vale para povos feéricos que possuem uma rainha como pilar do povo.

Acima de reis e rainhas existem as Grandes Rainhas ou Imperatrizes, como gostei de chamá-las em algumas ocasiões. As Grandes Rainhas são as soberanas das Corte Seelie e Unseelie. A forma como as rainhas se organizam é a seguinte: Rainha que É, Rainha que Foi e Rainha que será. Inclusive essa disposição, segundo a Naelyan Wyvern, pode ter sido a inspiração para o entendimento da Deusa da Wicca como uma Deusa Tríplice. Todas possuem o mesmo tipo de poder, os nomes só tem a ver com o fato de uma Rainha ser mais velha que a outra, basicamente.

UMA NOVA CORTE?

Em minhas andanças e contato com os feéricos me mostrou que existe mais uma corte à nível de ser entendida como um império, assim como os impérios Seelie e Unseelie. É uma corte que ainda não entendo muito e, por isso, ainda não falo sobre ela. Fora que existem coisas que as Grande Rainhas podem me proibir de falar por não ser hora ou não ser algo que deva ser divulgado, não que seja um tipo de mistério iniciático, mas simplesmente é algo que não é para humanos saberem… enfim, vai entender né. Sei que posso mencionar algumas coisas básicas sobre essa corte, não possui um nome que me foi dado para me referir a ela além de Corte do Meio.

Elven Star
(Estrela Élfica ou Estrela das Fadas)

Antes de finalizar de vez essa postagem, preciso contar uma GRANDE NOVIDADE! Em parceira com o Instituto Águia Dourada, conduzido pela minha grande e amada amiga Selene de Hécate, vamos sortear uma bolsa para um ser abençoado pelas fadas para aprender o Reiki das Fadas, também conhecido como Elenari Reiki, certificado pelo Instituto Águia Dourada. Esse sistema de cura é baseada na Terra e nas Estrelas, inclusive a palavra Elenari significa “Estrela Élfica” e pode ter sido derivada do sindarin (língua élfica de Tolkien). A tal da estrela élfica é a estrela de sete pontas, que também é conhecida como estrela das fadas. Para participar é fácil: é só estar seguindo eu @/nasasdocisne e os perfis da Selene: @/selene.de.hekate @/instituto.aguia.dourada e comentar no post de divulgação desta postagem marcando 2 (dois) amigues (pode ser mais de uma vez), após isso é só esperar pelo resultado. Agora, me diz: tu vai ficar de fora dessa, parceire??? É melhor tentar e apelar para os fae lhe ajudarem nessa vitória. O resultado será dado no dia 22/09, no Equinócio de Primavera, pelo meu instagram e pelos da Selene.

Bom, galera, é isso que tenho para vocês nesta segunda-feira com uma coluna dedicada totalmente a seres tão amados e temidos que são as fadas. Espero que tenham gostado e aproveitado a leitura e essa nova aquisição de conhecimento, sei que há muito que não falei e outras coisas que vocês podem querer saber, mas temos tempo para isso, não? Mais para frente entenderemos sobre as cortes e também como iniciar um contato saudável e seguro com os feéricos. Vamos explorar tudo com calma e deleite.

A gente se vê por aí e não esqueçam: tomem cuidado com as fadas!

Referências:

  • SCHOEREDER, Gilberto. Fadas, duendes e gnomos. O mundo invisível. São Paulo: Hemus, s/d.
  • KNIGHT, Sirona. Faery Magick. New Jersey: New Page Books, 2003

E. S. H.

AVISO: Tudo o que expressei nesse texto é uma concepção minha acerca dos temas, mas também é um espaço de aprendizado, troca e compartilhamento com amor e respeito.

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